Achei o texto interessante e útil, por isso resolvi postar aqui. =)As dicas são ótimas!
Bjks.
Nanda
<3
Estratégias de Aprendizado
Quando o ser humano aprende a língua materna, desenvolve habilidades naturalmente e bem sucedidas, através do ambiente em que vive, em contato com outras pessoas, ao realizar suas tarefas.
Com a aprendizagem da língua estrangeira, a situação não é a mesma. O adulto, que desenvolve todo um sistema lingüístico relacionado com sua própria língua, tem dificuldades de aprender a língua estrangeira fora do contexto onde aquela língua é falada.
Sabe-se que existem pessoas que tem aptidão para aprender a língua estrangeira do que outras, mesmo em ambiente não real, como a sala de aula.
Estudiosos têm pesquisado sobre as estratégias de aprendizagem que esses “bons estudantes de línguas” desenvolvem para que, conscientes dessas estratégias, outros possam desenvolver, também, essas habilidades.
A seguir, reunimos dois trabalhos, o primeiro, de Naiman et al (1978) trata das qualidades do bom estudante de línguas, o segundo, de Hosenfeld (1984), discorre sobre as qualidades do bom leitor.
O BOM ESTUDANTE DE LÍNGUAS
1- Participante ativo
a) Aproveita as oportunidades
b) Adiciona atividades relacionadas com a aprendizagem ao programa regular, intensificando seus esforços.
c) Procura atividades práticas – repetir, memorizar, escrever palavras,
d) Identifica seus problemas relacionados com a aprendizagem e sabe lidar com eles.
e) Muda de propósito de uma atividade para se concentrar na língua. Ex: Assiste a filmes não pela história, mas para escutar a língua.
2- Conscientiza-se de que a língua é um sistema
a) Compara sua língua nativa com a língua estrangeira
b) Analisa a língua que está aprendendo, usando pistas para predizer e inferir.
c) Desenvolve técnicas de aprendizagem que façam uso da língua como sistema. Ex: quando procura palavras no dicionário associa essas palavras com um campo semântico.
3- Conscientiza-se de que a língua é um meio de comunicação
a) Nos primeiros estágios o bom estudante se concentra mais na fluência do que na produção correta.
b) Procura situações onde possa se comunicar. Ex: Conversa com nativos, faz parte de grupos de discussões, tem correspondentes em outros países.
c) Observa que a língua sobre influência da cultura e tem cuidado com certas expressões, que para o nativo de língua estrangeira, são essenciais na produção da língua.
4- Sabe lidar com suas necessidades afetivas
a) Saber ultrapassar sua timidez e não ter medo de cometer erros.
b) Sabe rir dos próprios erros, tem senso de humor.
c) Continua a estudar, embora muitas vezes esteja cansado ou chateado.
5- Faz sua própria monitoração
a) Revisa e testa interferências, procurando ajustes ou perguntando.
b) Aprende através dos próprios erros.
c) Não tem medo de ser corrigido.
Em relação à leitura:
a) Lê qualquer coisa: revistas, jornais, artigos profissionais etc.
b) Lê o que é familiar.
c) Lê o que interessa.
d) Lêem rótulos, menus, receitas etc. e tenta passar para língua estrangeira.
e) Lê textos nas duas línguas.
f) Lê alguma coisa todo dia.
g) Tenta compreender pelo contexto, evitando ao máximo o dicionário.
O BOM LEITOR
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
1- Mantém o significado da passagem na mente.
2- Lê frases maiores.
3- Pula palavras desnecessárias.
4- Advinha o significado através do contexto.
5- Tem um bom autoconceito como leitor.
CARACTERÍSTICAS ESPERCÍFICAS:
1- Identifica a categoria gramatical da palavra.
2- Demonstra sensibilidade quando encontra uma ordem diferente das palavras na língua estrangeira.
3- Examina ilustrações.
4- Lê o título do texto e faz interferências.
5- Usa informações tipográficas.
6- Refere-se aos comentários laterais.
7- Usa glossário como último recurso.
8- Procura palavras no dicionário corretamente.
9- Continua, mesmo que não tenha sido bem sucedido, decodificando uma palavra ou frase.
10- Reconhece cognato.
11- Usa seu conhecimento de mundo.
12- Tenta dar solução para problemas.
13- Avalia suas predições.
Bibliografia
Gardellha, Isabel Maria Brasil. Inglês Instrumental: leitura, conscientização e prática. Teresinha: EDUFPI, 2000 Texto retirado do site: http://www.nuspple.cce.ufsc.br/teoricos%20estrategias_de_aprendizagem.htm